Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21895

Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Ciências Exatas e da Terra
Setor Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Vívian Helene Diniz Araújo
Orientador LEANDRO JOSE DOS SANTOS
Outros membros JULIANA CRISTINA TRISTAO
Título Simulação de PSCs livres de chumbo utilizando-se o Fulereno-C60 e o PCBM como intercamadas através do software SCAPS-1D
Resumo As células solares de perovskitas (PSCs) se destacam entre as tecnologias fotovoltaicas emergentes devido ao alto poder de conversão de energia (PCE) que possuem e pelo menor custo de produção, quando comparadas às de silício. Porém, ainda enfrentam desafios quanto a sua comercialização, devido a sua instabilidade frente à umidade e ao oxigênio e a utilização de metais pesados como o chumbo (Pb) em sua composição. O metal estanho (Sn) tem sido considerado o principal candidato a substituto do Pb devido às suas características estruturais semelhantes. Ainda assim, PSCs baseadas em Sn sofrem com a grande instabilidade do íon Sn2+ em Sn4+, acarretando em baixas eficiências. Uma das estratégias empregadas para melhorar a estabilidade e eficiência das PSCs é a engenharia de interface, onde intercamadas são incluídas entre as camadas transportadoras de elétrons e buracos (ETL e HTL, respectivamente), objetivando-se a melhora de transferência de cargas entre estas camadas. O Fulereno-C60, seu derivado PCBM e outros derivados fulerênicos vêm sendo empregados como intercamadas em PSCs de chumbo, mas ainda há poucas pesquisas avaliando o uso destes compostos como intercamadas em PSCs baseadas em estanho como metal do sítio B. Para auxiliar no planejamento e construção de PSCs livres de Pb, estudos teóricos a partir de simulações têm sido uma ferramenta útil, pois permitem avaliar a influência de cada parâmetro de maneira aprofundada. O objetivo deste trabalho foi investigar, por meio de simulações no software gratuito SCAPS-1D, como a eficiência da Sn-PSC em ambas as configurações, regular e invertida, podem ser otimizadas com o uso de intercamadas. Foram utilizados o Fulereno-C60 e o PCBM como intercamadas, entre o ETL e a camada absorvedora, usando-se a perovskita CH3NH3SnI3 (MASI), com 150 nm de espessura, e como HTL e ETL, os materiais CuI e ZnO, respectivamente. Na simulação das PSCs usando-se o C60 como intercamada, o PCE foi menor em ambas as configurações em comparação à PSC sem intercamada com ZnO. Em contrapartida, utilizando-se o PCBM observou-se aumento do PCE, usando-se um alto valor de densidade de defeitos, chegando a uma eficiência de 8,11% na PSC regular comparado à 6,90% da PSC com ZnO sem o acréscimo da intercamada. Na configuração invertida, a PSC alcançou 5,26% de eficiência final com o uso do PCBM, em contrapartida aos 3,72% da PSC sem intercamada. Foi observado no gráfico obtido de bandas de energia entre a perovskita MASI e o ETL, que quando o C60 sem modificações é incluído na PSC, acontece a formação de um pico entre as camadas, o que pode aumentar a recombinação de cargas na célula solar. Apesar do uso do PCBM também acarretar em um pico, este é menor e ajuda a blindar as cargas na medida necessária para que não haja perda dos portadores e nem recombinação, ocasionando assim uma maior eficiência. Esta pesquisa faz parte do trabalho completo publicado pelo nosso grupo na RSC Advances em 2024.
Palavras-chave PSCs livres de chumbo, SCAPS-1D, Fulereno
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