Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21715

Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq
Primeiro autor Janaína Amaro Gonçalves
Orientador EDUARDO GUSMAO PEREIRA
Outros membros Isadora Rodrigues Medina Santana, Josyelem Tiburtino Leite Chaves
Título Termotolerância foliar em espécies vegetais nativas do Campo Rupestre ferruginoso
Resumo O aumento da temperatura global já atinge 1,1 °C acima dos níveis pré-industriais, com projeções apontando que poderá alcançar 1,5 °C até 2040. Esse cenário tem intensificado eventos climáticos extremos, como secas prolongadas e ondas de calor, impactando diretamente os ecossistemas. Em regiões como os campos rupestres, ecossistemas ricos em biodiversidade e alta taxa de endemismo, essas mudanças, poderão resultar, dentro de cinco décadas, uma perda de até 82% dessas áreas. Com o objetivo de compreender como o estresse térmico afeta os mecanismos fotossintéticos em plantas nativas do campo rupestre ferruginoso, foram realizadas coletas na Serra da Calçada, localizada no extremo norte do Monumento Natural Estadual da Serra da Moeda. Dez espécies vegetais foram amostradas e posteriormente submetidas a ensaios de termotolerância foliar, além de caracterização de atributos funcionais - massa de folha por área (LMA) e o teor relativo de água (TRA) nas folhas. Foram selecionados dez indivíduos por espécie ao longo de parcelas de 10 m2 com 2m ≤ d ≤ 10m entre elas, sendo coletado o ramo mais expandido com pelo menos três fitômeros e contendo uma variedade de folhas. Para a análise de termotolerância, as folhas foram previamente aclimatadas ao escuro e, em seguida, submetidas a uma rampa de temperatura variando de 25 °C a 65 °C, com avaliações do Fv/Fm a cada incremento de 2 °C. Ao final, as espécies estudadas foram classificadas na seguinte ordem decrescente de termotolerância: Justicia monticola (Acanthaceae), Myrcia splendens (Myrtaceae), Vellozia caruncularis (Velloziaceae), Periandra mediterranea (Fabaceae), Lagenocarpus rigidus (Cypreaceae), Dasyphyllum velutinum (Asteraceae), Chamaecrista mucronata (Fabaceaae), Baccharis reticularia (Asteraceae), Leandra aurea (Melastomataceae), Trixis vauthieri (Asteraceae). Foram observadas correlações negativas entre a LMA e as temperaturas críticas associadas (T15 e T50) à redução da eficiência do fotossistema II (PSII). Especificamente, a correlação de LMA com T15 foi significativa, enquanto com T50 não foi significativa. No que diz respeito ao TRA, os coeficientes de correlação com T15 e T50 não foram significativos. Folhas com menor LMA e menor TRA tendem a manter por mais tempo a eficiência fotossintética sob estresse térmico. Isso pode refletir mecanismos morfofisiológicos e adaptativos que conferem maior estabilidade à fotossíntese sob estresse por temperaturas elevadas.
Palavras-chave Termotolerância, campo rupestre, fluorescência da clorofila a
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