Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21426

Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Instituto de Ciências Agrárias
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Bianca Caroline de Souza Chaves
Orientador DENER MARCIO DA SILVA OLIVEIRA
Outros membros Augusto Costa Gonçalves, João Marcos Mendes Costa, Karina Schossler, Luiza Almeida Rodrigues
Título Respiração microbiana em sistemas de cafeicultura com diferentes históricos de manejo em Patrocínio-MG
Resumo A cafeicultura é uma das atividades agrícolas de maior relevância econômica e social no Brasil, com ampla distribuição geográfica em diversas regiões produtoras. Para garantir a sustentabilidade da produção cafeeira, é essencial conservar a saúde do solo que envolve o equilíbrio entre os fatores químicos, físicos e biológicos. Nesse contexto, a matéria orgânica e a atividade microbiana desempenham papéis centrais, contribuindo para a ciclagem de nutrientes, a estruturação do solo, a supressão de patógenos e a resiliência das plantas aos estresses ambientais. A respiração microbiana, expressa pela liberação de C-CO₂, é um um indicador útil para avaliar a atividade da biomassa microbiana no solo e entender como diferentes práticas de manejo influenciam a dinâmica do carbono e a fertilidade do solo ao longo do tempo. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo avaliar a respiração microbiana do solo em duas lavouras de café com diferentes históricos de manejo, pela evolução do C-CO₂. O experimento foi conduzido em uma fazenda cafeeira no município de Patrocínio-MG. Foram selecionadas dois talhões: o primeiro talhão (Área 1), com 39 anos de cultivo, com aplicação de adubação química, mas que passou a receber adubação organomineral nos últimos quatro anos; e o segundo talhão (Área 2), com quatro anos de cultivo de café, implantada em uma área que anteriormente também era cultivada com cafeeiros. Essa área jovem recebe adubação organomineral e manejo das entrelinhas com plantas de cobertura. As coletas de solo foram realizadas em cinco pontos por área, nas profundidades de 0–10 cm, 10–20 cm e 20–30 cm. A análise da respiração microbiana foi feita utilizando a técnica do C mineralizável, pelo método estático descrito por Mendonça e Matos (2005), adaptado de Curl & Rodriguez-Kabana (1972) e Stotzky (1965), que consiste na incubação do solo em sistema fechado e posterior quantificação do C-CO₂ liberado. Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) seguida do teste de tukey a 5% de probabilidade para a comparação das médias entre áreas em cada profundidade e entre profundidades em cada área. No entanto, não houve diferença estatística significativa entre as áreas ou profundidades analisadas. A Área 1 apresentou maior estabilidade no acúmulo de matéria orgânica ao longo do tempo. Já a Área 2, apesar do uso de plantas de cobertura e do maior aporte de resíduos vegetais, ainda se encontra em fase inicial de acúmulo de carbono microbiano, o que pode explicar a ausência de aumento significativo na respiração microbiana. A falta de diferença entre as áreas sugere que o histórico mais longo da lavoura antiga pode ter equilibrado os efeitos positivos do manejo recente com adubação organomineral e plantas de cobertura na lavoura jovem. Assim, os resultados reforçam a importância de estudos de longo prazo para compreender os impactos cumulativos das práticas de manejo sobre a atividade biológica do solo em cafezais.
Palavras-chave Sustentabilidade, Carbono, Microrganismo.
Apresentações
  • Painel: Local e horário não definidos.

Clique na forma de apresentação para ver a apresentação.

Link para apresentação Painel
Gerado em 0,72 segundos.