Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21258

Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Ensino médio
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Ciências Exatas e da Terra
Setor Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Lucas Marques Paixao
Orientador HYGOR ARISTIDES VICTOR ROSSONI
Outros membros Giovanna Rodrigues Gomes de Sousa, Philipe Werner Sepulveda, Summer Cândido Silva, Vinícius Costa Guimarães
Título Análise das condições do serviço de abastecimento de água para consumo humano do distrito rural urbanizado de gameleira - Florestal/MG
Resumo O saneamento básico rural no Brasil apresenta graves deficiências, com cerca de 23 milhões de pessoas sem acesso adequado aos serviços de água e esgoto (75% da população rural). Neste contexto, o presente estudo analisou as condições do serviço de abastecimento de água no distrito rural urbanizado da Gameleira, no município de Florestal em Minas Gerais, utilizando um questionário estruturado aplicado a 81 residências (45,25% das 179 edificações), com uma abordagem quali-quantitativa Os dados foram coletados entre abril e julho de 2023, tabulados por meio planilhas eletrônicas e analisados por estatística descritiva (frequências e porcentagens), bem como por meio da técnica da análise de conteúdo, a fim de possibilitar a interpretação crítica dos resultados. Verificou-se a existência de uma infraestrutura precária, sem tratamento simplificado, composta por dois poços artesianos e quatro reservatórios de água (com capacidades de 10.000L e 20.000L) para atender a uma demanda de 315 habitantes, os quais atendem à comunidade sem a realização de procedimentos de desinfecção e fluoretação. A rede de distribuição, composta por tubos de PVC de diâmetros inadequados, apresenta vazamentos frequentes, sendo que 64,20% dos entrevistados relatando interrupções no abastecimento. Como alternativa de abastecimento, 19,75% dos domicílios utilizam poços semiartesianos ou nascentes. Quanto a adoção do tratamento adicional para a água, 48,15% informaram que usam filtros de barro, 9,88% filtros de torneira e 6,17% purificadores, enquanto 35,80% não aplicam nenhum método. Destaca-se que não ocorre a desinfecção da água de abastecimento, sendo esta negligenciada por 91,36% dos moradores. No que tange à disposição de pagamento de tarifas do serviço de abastecimento de água, 70,37% aceitariam pagar por uma prestação de qualidade, enquanto 29,63% rejeitam a ideia. Em termos de consumo de água, observa-se que este é pouco monitorado, uma vez que 74,07% dos participantes não possuem estimativa do volume utilizado, o que evidencia a ausência de conscientização dos moradores quanto ao uso racional desse recurso. Os resultados evidenciam os desafios do saneamento rural brasileiro, com riscos sanitários decorrentes da falta de tratamento da água e manutenção da rede, exigindo investimentos em políticas públicas, infraestrutura e educação sobre o consumo racional para garantir o direito humano à água de qualidade.
Palavras-chave recursos hídricos, saneamento, políticas públicas
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