Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21163

Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Engenharia/Tecnologia
Setor Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Giovanna Rodrigues Gomes de Sousa
Orientador HYGOR ARISTIDES VICTOR ROSSONI
Outros membros Lucas Marques Paixao, Philipe Werner Sepulveda, Summer Cândido Silva, Vinícius Costa Guimarães
Título Análise Socioeconômica e Habitacional do Distrito Urbanizado de Gameleira – Florestal/MG
Resumo O diagnóstico socioeconômico e habitacional das famílias permite avaliar a efetividade e abrangência das políticas sociais na distribuição de renda e no acesso a direitos fundamentais. O município de Florestal foi escolhido para sediar um dos primeiros projetos-piloto do Programa Nacional de Saneamento Rural (PNSR), com a participação da Prefeitura Municipal de Florestal, da Universidade Federal de Viçosa – Campus Florestal e da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA). Assim, utilizando abordagens participativas, o presente trabalho teve como objetivo diagnosticar as condições socioeconômicas das famílias. A avaliação foi realizada por meio de questionários (survey) com questões objetivas e discursivas, adaptadas dos modelos das Agentes Comunitárias de Saúde (ACS) e das diretrizes da Fundação Nacional de Saúde. A pesquisa, incluindo a emenda referente ao distrito da Gameleira, foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFV (CEP-UFV), sob o CAAE nº 53585521.9.0000.5153, com vigência entre 24 de abril e 20 de julho de 2024. Em relação à renda familiar, predominam famílias que recebem entre 1 e 3 salários-mínimos (44,44%), seguidas daquelas com renda de até 1 salário-mínimo (41,98%). Quanto ao percentual de famílias contempladas com os benefícios sociais, cerca de 46,91% dos entrevistados usufruem do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), ao passo que 53,09% não estão inseridos nesta assistência social. Entre os entrevistados, apenas 27,16% têm acesso a benefícios sociais, sendo os mais citados o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), destinado a pessoas com deficiência e idosos sem renda. Os demais (72,84%) não recebem nenhum dos dois auxílios. A irregularidade fundiária é um dos principais entraves enfrentados, 98,77% dos moradores não possuem escritura pública de seus lotes, o que compromete a regularização das moradias e o acesso a direitos imobiliários, como financiamentos habitacionais e à transmissão legal de herança. Para além, as condições habitacionais refletem a disparidade socioeconômica. (82,72) das residências possuem piso cerâmico e paredes de alvenaria com revestimento (86,42%), mas ainda há casas com pisos de chão bruto (1,23%) e coberturas com materiais rudimentares, como lona (1,23%) e amianto (11,11%). Tais condições comprometem a saúde dos moradores, dado o risco de contaminação e exposição a agentes nocivos presentes nesses materiais. A análise evidenciou profundas disparidades sociais, marcadas pela exclusão fundiária, precariedade habitacional e baixa participação cidadã, refletindo um contexto de vulnerabilidade estrutural que limita o acesso a direitos básicos, o que demanda políticas públicas eficazes para a superação de tais desigualdades.
Palavras-chave Desigualdade social, Infraestrutura habitacional, Assistência social
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