Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21087

Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor João Victor Vieira Gusmão
Orientador HELDER CANTO RESENDE
Outros membros Ingrid Naiara Gomes, Josiel de Oliveira Coelho, Luiz Mauricio Pires Mungo, Reinaldo Francisco Ferreira Lourival
Título Ocorrência e distribuição geográfica de abelhas alvo do Plano de Ação para a Conservação da Biodiversidade Terrestre do Rio Doce
Resumo O Plano de Ação para Conservação da Biodiversidade Terrestre do Rio Doce (PABT) apresenta um conjunto de ações de conservação, com ênfase nas espécies ameaçadas e em outras que, potencialmente, estão susceptíveis a se tornarem ameaçadas nos ambientes afetados pelos impactos do rompimento da barragem de Fundão. Nele são listadas sete espécies de abelhas: Epicharis pygialis, E. minima, Eufriesea aeneiventris, Hexantheda missionica, Melipona rufiventris, M. capixaba e Xylocopa truxali. Verificamos a ocorrência e distribuição dessas espécies, a partir de dados da literatura, registros de coleções entomológicas e coletas no Parque Estadual do Rio Doce (PERD). Mapeamos a área de ocorrência e distribuição, ameaças e ações de conservação para cada uma dessas espécies. Nossos resultados indicam que E. minima não apresenta registro na área da Bacia do Rio Doce (BRD), mas nos estados de SP, RR, PI, e registros isolados em MG, no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Logo, a espécie não deveria ser alvo de ações do PABT. A espécie M. rufiventris, a uruçu amarelado do Cerrado, também não ocorre na BRD, e as ações do PABT deveriam focar na conservação da M. mondury, a uruçu amarela da Mata Atlântica. A M. capixaba é uma espécie endêmica das montanhas do ES, sendo seus registros apenas em áreas periféricas da BRD, no município de Brejetuba/ES. Nesse caso, ações de conservação da espécie devem priorizar a criação de unidades de conservação e preservação de populações remanescentes.H. missionica apresenta distribuição disjunta, com principais registros no RS e SC, e registros pontuais no PR e em MG, com registros de ocorrência em áreas periféricas da BRD, na Serra da Moeda e Serra da Calçada, Brumadinho/MG. X. truxali é uma espécie endêmica de campos rupestres com a maioria dos seus registros em MG, exceto dois registros isolados na Bahia, também com distribuição periférica da BRD. As únicas espécies do PABT com distribuição ao longo da BRD são E. aeneiventris e E. pygialis, espécies com poucos e raros registros. A E. aeneiventris é uma espécie de distribuição conhecida em MG, na BRD com registros no PERD e nos estados de SP, DF, ES e RJ. A E. pygialis também possui registros em MG, no PERD, e nos estados do PA, AM, AP, RJ, RR, SP e Peru. Nossos esforços amostrais conseguiram localizar a espécie no PERD 34 anos depois da última coleta conhecida em 1990. As espécies apresentam diferentes níveis de ameaça, relacionados à expansão urbana, pecuária, mineração e ações antrópicas. Considerando a ocorrência das espécies E. aeneiventris e E. pygialis no PERD, principal unidade de conservação da BRD, políticas públicas e plano de manejo dessa unidade devem considerar ações de conservação para essas abelhas, que estão ameaçadas de extinção no estado de MG e que, devido aos raros registros, infere-se populações pequenas e criticamente ameaçadas de extinção local.
Palavras-chave Abelhas Nativas, Bacia do Rio Doce, Conservação.
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