Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
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Nível | Graduação |
Modalidade | Pesquisa |
Área de conhecimento | Ciências Exatas e Tecnológicas |
Área temática | Ciências Exatas e da Terra |
Setor | Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas |
Bolsa | FAPEMIG |
Conclusão de bolsa | Não |
Apoio financeiro | FAPEMIG |
Primeiro autor | Fabíola Caroline Pereira |
Orientador | JULIANA CRISTINA TRISTAO |
Outros membros | Laura Melo Fernandes Moreira, Matheus Henrique Pimentel Araújo |
Título | Estudo da Jarosita, um Rejeito da Mineração de Zinco, para uso em Potenciais Aplicações Ambientais |
Resumo | A busca por alternativas sustentáveis para o reaproveitamento de resíduos industriais é um desafio urgente diante da crescente pressão ambiental sobre os recursos naturais. A jarosita é um subproduto sólido gerado no processo hidrometalúrgico de purificação do zinco, especialmente na etapa de remoção do ferro após adição de sulfato de amônio ao licor de lixiviação. Atualmente, esse resíduo não possui destinação comercial ou ambientalmente adequada. Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo principal a caracterização físico-química da jarosita fornecida por uma metalúrgica do estado de Minas Gerais, visando avaliar seu potencial para futuras aplicações tecnológicas e ambientalmente viáveis. O material bruto (denominado RZn) foi submetido a duas rotas experimentais: (i) rota ácida, com solubilização em HCl 18% seguida de secagem a 100 °C (RZnA) e posterior calcinação a 900 °C/2h (RZnA9); e (ii) co-precipitação, com neutralização com NaOH 3 mol L⁻¹, seguida de secagem (RZnCP) e calcinação a 500 °C/2h (RZnCP5). Os materiais obtidos foram caracterizados por Fluorescência de Raios X (FRX), Difração de Raios X (DRX), Espectroscopia no Infravermelho (IV), Microscopia Óptica (10×) e análise granulométrica. A análise por FRX revelou teores de 23,7% de ferro (Fe) e 8,2% de zinco (Zn) na jarosita original. A DRX identificou quatro fases cristalinas principais: jarosita [(NH₄)Fe₃(SO₄)₂(OH)₆], gipsita (CaSO₄·2H₂O), quartzo (SiO₂) e ferrita de zinco (ZnFe₂O₄), sugerindo a natureza complexa e heterogênea do resíduo. Os espectros de IV indicaram a presença de grupos sulfatados e hidroxilados, além de apontarem perda gradual de água estrutural com o aumento da temperatura de calcinação. As imagens obtidas por microscopia óptica mostraram um material com coloração amarelada, contendo grãos translúcidos — possivelmente relacionados à presença de sílica. A análise granulométrica indicou que cerca de 81% das partículas possuem tamanho entre 1 mm e 63 μm, o que pode influenciar em futuras aplicações físico-químicas do material. Entre as aplicações exploradas, foi avaliada a capacidade dos materiais sintetizados em adsorver íons fosfato (PO₄³⁻) em sistema em batelada. Os resultados preliminares indicaram que os materiais obtidos pelas rotas modificadas apresentaram desempenho significativamente superior ao da jarosita bruta (8,8 mg .g⁻¹), com destaque para RZnCP (24,3 mg .g⁻¹) e RZnA (23,1 mg .g⁻¹). Em contrapartida, a calcinação reduziu a eficiência dos adsorventes em ambas as rotas. Esses dados sugerem um potencial promissor para a reutilização da jarosita em processos de tratamento de água, porém novos testes — incluindo simulações com água real e avaliação da estabilidade dos materiais — são necessários para validar sua aplicabilidade prática em contextos ambientais. |
Palavras-chave | Jarosita, caracterização mineral, aplicação ambiental |
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