Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12875

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Ciências Exatas e da Terra
Setor Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Thomaz Cupertino Lopes
Orientador SIBELE AUGUSTA FERREIRA LEITE
Outros membros ALEXANDRE CRISTIANO VICENTE CAMPOS, Vinicius Diniz Frias
Título Análise da Qualidade da Água de Nascentes da Universidade Federal de Viçosa – Campus Florestal
Resumo As nascentes possuem papel de extrema importância na preservação das florestas e do meio ambiente como um todo, e por isso, hoje são consideradas de domínio público. Isso significa que, pela lei, elas são asseguradas de preservação e sua área adjacente é denominada como Área de Preservação Permanente (APP). De forma prática, elas devem ser cercadas, a fim de evitar a invasão de seres humanos, animais e qualquer objeto que possa causar danos. A falta de preservação das nascentes reflete na qualidade da água das mesmas. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi realizar a avaliação da qualidade da água de nascentes localizadas na UFV - Campus Florestal, em função de suas condições de preservação. A escolha das nascentes está relacionada às áreas de expansão de infraestrutura do campus, o que pode ter ocasionado impactos de forma direta ou indireta nas mesmas. O monitoramento foi realizado no dia 11 de junho 2019, das 13:00 às 18:00 h, em dez nascentes localizadas no Campus. As informações referentes ao cumprimento da Lei Federal nº. 12.651/2012, relacionada às APP’s, adjacentes às nascentes, foram obtidas mediante constatação visual. A análise de qualidade da água foi realizada por método instrumental, com o aparelho de medição Horiba U-52®, o qual realiza análises diretamente no corpo hídrico. Os parâmetros avaliados foram: oxigênio dissolvido (OD), turbidez, potencial hidrogeniônico (pH), sólidos totais dissolvidos (STD) e temperatura. Os valores de OD, com exceção da Nascente 4, variaram de 2,0 a 4,6 mg/L e foram inferiores aos níveis de saturação (em torno de 9,0 mg/L). Para a nascente 4, o OD foi 10,0 mg/L, que pode significar que sua água está sofrendo supersaturação de oxigênio, o qual pode ser atribuído às atividades fotossintéticas de algas ou mesmo turbulência. Em sete nascentes, a turbidez foi baixa e variou de 0,10 a 42,8 NTU. A nascente 4 obteve alto índice de turbidez (164 NTU), o que pode ser explicado pela presença de gado na área, evidenciada pelo pisoteio. Os valores de pH encontrados nas nascentes, cuja a área ao seu entorno corresponde a vegetação nativa (nascentes 7, 8, 9 e 10), estão dentro da faixa recomendável (6 a 8) e os demais valores estão um pouco abaixo do ideal. Os valores de STD foram mais altos em nascentes onde há presença da decomposição de matéria orgânica e de substâncias dissolvidas da lixiviação do solo. Segundo a Resolução n° 357, de 2005, do CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente), as nascentes são enquadradas à classe especial e a qualidade da água deve ser mantida conforme condições naturais do corpo d’água. Observou-se que o cumprimento da legislação teve um efeito positivo na qualidade da água das nascentes. Um monitoramento frequente é importante para conhecer o perfil das condições naturais das mesmas e identificar possíveis alterações devido à impactos ambientais.
Palavras-chave Qualidade de Águas, Area de Preservação Permanente, Parâmetros Físico-Quimicos
Forma de apresentação..... Painel
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