Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12711

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Engenharia/Tecnologia
Setor Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Giovanna Cikos Ferreira
Orientador POLLYANNA AMARAL VIANA
Título Pré-tratamento ácido da casca de coco verde para produção de enzimas por Aspergillus niger por fermentação semissólida
Resumo O aumento do consumo de água-de-coco verde e a vocação natural para sua industrialização vêm causando problema de disposição final do resíduo gerado, ou seja, as cascas do fruto. Uma das alternativas para conter o problema é a utilização desses resíduos como substrato para crescimento de microrganismos para a produção de enzimas de interesse biotecnológico, agregando valor a esses resíduos. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi realizar um pré-tratamento ácido na casca de coco verde e estudar a produção de enzimas de interesse biotecnológico como, celulases (FPases), xilanases e pectinases, secretadas pelo fungo Aspergillus niger em meio de cultura contendo resíduo agroindustrial de casca de coco verde por fermentação semissólida (FSS). Inicialmente a casca de coco verde foi processada e submetida à caracterização físico-química: pH (4,17), acidez titulável (2,05%), °Brix (0,4%), umidade (4,2%), lipídeos (14,24%), proteínas (2,47%), celulose (74,04%), hemicelulose (0,33%), lignina (24,95%) e cinzas (3,66%) e, à determinação do teor de minerais, sódio (2,4 g/Kg), cálcio (0,49 g/Kg) e potássio (12,62 g/Kg). Os experimentos de avaliação da produção das enzimas FPases, xilanases e pectinases foram conduzidos segundo o Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC) para avaliar a influência do tempo de fermentação (1°, 2°, 4° e 6°dias) na produção dessas enzimas, calculando-se as atividades (U/mL) e atividades específicas (U/mg proteína) de cada enzima. Além disso, também foi avaliada a influência da temperatura e do pH nas atividades enzimáticas. As FPases apresentaram atividades enzimáticas máximas após 48h de fermentação (0,434 U/mL). Em relação às xilanases houve uma maior produção das enzimas também no 2º dia de fermentação, com atividades máximas de 1,203 U/mL, seguido de um decréscimo até o 6º dia de fermentação. A atividade enzimática da pectinase aumentou do 1º dia de fermentação até o 2º dia, onde teve o seu máximo (0,211 U/mL) e em seguida decresceu até o último dia de fermentação. No estudo sobre a influência do pH, foi observado que, as enzimas xilanases e pectinases possuem produção máxima em pH igual a 6,0, enquanto Fpases em pH igual a 8,0. Em relação à temperatura, as enzimas FPases e xilanases possuem produção máxima em temperatura igual a 50°C e pectinase igual a 60°C. A caracterização da matéria-prima revelou que a casca de coco verde é um substrato com potencial para crescimento do fungo A. niger e produção de enzimas de interesse biotecnológico. As análises obtidas a partir da FSS evidenciaram a produção de FPases, xilanases e pectinases. Durante a FSS observou-se maiores atividades das enzimas xilanases quando comparada às atividades das pectinases e FPases.
Palavras-chave Casca de coco verde, Fermentação semissólida, Enzimas
Forma de apresentação..... Painel
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