Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12684

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Gustavo Júnio Santos Oliveira
Orientador PAULA CAETANO ZAMA
Outros membros Francisco Fernandes Guião, Kaio Faria Spaolonse, Oldemar Antonio Diniz, Samuel Victor Leite de Moura
Título Biologia reprodutiva do bicho-pau Cladomorphus phyllinus (Phasmatodea: Phasmatidae) em laboratório.
Resumo A Ordem Phasmatodea, composta por insetos conhecidos popularmente como bicho-pau, é formada por aproximadamente 2.500 espécies descritas, destas sendo 220 encontradas no Brasil. Estes insetos possuem hábitos noturnos, fitófagos e sedentários e sua forma corporal auxilia na camuflagem, uma vez que lembram galhos ou folhas de plantas. A espécie brasileira Cladomorphus phyllinus se alimenta, principalmente, das árvores da Família Myrtacea e é muito usado como modelo para educação ambiental. No entanto, não existem muitos estudos sobre esta espécie, visto que devido aos seus hábitos, elas não prejudicam os grandes setores econômicos. O presente estudo visa à compreensão do comportamento reprodutivo da espécie C. phyllinus em laboratório. O estudo foi iniciado em agosto de 2018 no Laboratório de Entomologia da Universidade Federal de Viçosa – Campus Florestal. Para a realização do estudo foram montados três viveiros de 50x50 cm com cano de PVC, tela e cola quente. Cada viveiro recebeu um casal de C. phyllinus separado aleatoriamente. Os adultos foram alimentados com folhas de goiabeira que eram molhadas, pelo menos, uma vez ao dia. Durante as observações, que aconteceram majoritariamente durante o período diurno, os casais de todos os viveiros foram vistos em cópulas. Após o início da ovoposição, os padrões reprodutivos observados foram: o número total de ovos liberados por cada fêmea, a quantidade de ovos liberados pelas fêmeas por dia, a taxa de eclosão dos ovos e a estimativa do tempo de eclosão das ninfas. As posturas de ovos foram verificadas diariamente e registradas em um checklist, assim como os dados particulares de cada viveiro. Os ovos retirados dos viveiros foram separados em potes plásticos de 10 ml com tampas furadas para evitar a fuga das ninfas. Em cada pote foi anotado o número do viveiro, a data da postura e a quantidade de ovos liberados naquele dia. Os dados obtidos entre os meses de agosto de 2018 e julho de 2019 mostraram uma alta taxa de fecundidade das fêmeas de C. phyllinus, já que a fêmea do viveiro um liberou 42 ovos durante 79 dias, a do viveiro dois 791 ovos em 273 dias e a do viveiro três 617 ovos em 176 dias. Destes ovos, eclodiram 24, 117 e 167 ninfas dos viveiros 1, 2 e 3 respectivamente. O tempo de incubação dos ovos durou em média 146,91 dias, sendo o menor tempo de incubação observado de 82 dias e o maior de 242 dias. A partir dos dados obtidos conclui-se que mesmo fora do habitat natural é possível estudar a biologia reprodutiva do C. phyllinus em cativeiro.
Palavras-chave Reprodução, ovoposição, eclosão.
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,62 segundos.