Resumo |
Muito se discute sobre a substituição dos combustíveis fósseis pelos biocombustíveis, juntamente com seus benefícios e impactos ambientais, porém o uso exacerbado dos mesmos utilizaria grande quantidade de energia para a produção e proporcionaria um aumento da demanda de área plantada para fornecimento da matéria-prima. Neste contexto, tem-se verificado nos últimos anos uma profunda expansão na produção de cana-de-açúcar, em função de alguns fatores como, elevado preço do petróleo, preocupações ambientais como a questão do aquecimento global e a necessidade de se buscar fontes alternativas de energia limpa. Com isto, surge a preocupação quanto a utilização da terra para cana-de-açúcar levando a uma redução da terra para outras culturas, com consequência no aumento do preço da terra e dos custos de produção de alimentos. Nesse sentido, o objetivo do trabalho foi verificar se existe ou não competição de alimentos e bicombustíveis em Minas Gerais. Para execução do trabalho, buscou-se informações em sites do IBGE, CONAB e MAPA, realizando pesquisas necessárias para o levantamento de dados de produção e consumo de alimentos e biocombustíveis no estado de Minas Gerais. Com o intuito de organizar e entender os dados, utilizou-se métodos de análise de correlação. O Excel foi utilizado para elaborar gráficos e realizar cálculos simples, como estimativa de porcentagem, médias de produção e taxas de crescimento. Analisando as três culturas, a soja apresentou a maior área plantada. Entretanto, verificou-se o aumento 83,44% da área de cana-de-açúcar, sendo este maior que as demais culturas que apresentaram crescimento de 66,21% pra soja, e uma redução de 8,14% da área de milho. Como pode ser observada, se a taxa de crescimento continuar no mesmo ritmo, futuramente a área plantada de cana-de-açúcar ultrapassará a área plantada de soja. Em virtude dos resultados, conclui-se que em Minas Gerais não há competição de alimentos e bicombustíveis. Embora futuramente possa acontecer, caso as culturas de cana-de-açúcar e soja continue aumentando para o uso de bicombustível. |