Resumo |
A Aloe vera é uma planta que possui atividade antimicrobiana, antifúngica, anti-inflamatória, antiviral e antioxidante. O seu extrato já foi testado em forma de revestimentos comestíveis em frutas e hortaliças com o objetivo de melhorar a aparência, atuar como barreira durante o processamento, manuseamento e armazenamento, resultando em aumento da vida útil do alimento por retardar a sua deterioração e manter a sua qualidade. Desse modo, esse trabalho teve como objetivo caracterizar o extrato de de Aloe vera (quanto as análises de DPPH, colorimetria e teste do halo) e avaliar sua atuação como revestimento não comestível sobre a vida útil da banana-nanica (Musa Cavendishii). O experimento foi realizado em esquema fatorial 3x5, em que os fatores foram as coberturas não comestíveis (sem cobertura de Aloe vera, uma e duas camadas de Aloe vera) e os tempos de armazenamento (0, 2, 4, 6 e 8 dias). As bananas, inicialmente verdes foram analisadas quanto ao pH, acidez titulável, teor de sólidos solúveis (SST), cor e perda percentual de massa (PPM) ao longo do experimento. O extrato de Aloe vera não apresenta capacidade de inibição para os microrganismos Escherichia coli, Staphylococcus aureaus e Colletotrichum musae, mas possui elevado poder antioxidante. Em relação às bananas, não houve diferenças significativas (P>0,05) nos valores de pH, acidez titulável, atividade de água e teor de água, LA e CA da casca, o que indica que a utilização das camadas de Aloe vera não afetaram o amadurecimento normal dos frutos. No entanto, o SST e a PPM foram afetados (P<0,05) pelo tempo de armazenamento. O SST aumentou nos primeiros 2 dias de armazenamento e depois se manteve constante. A PPM aumentou linearmente durante o temo de armazenamento. Na polpa o tempo afetou (P<0,05) a cor (L*, c* e h*). Na casca, apenas o h* apresentou (P<0,05) interação tempo x tratamento, portanto a cobertura auxiliou visivelmente na conservação da coloração da banana-nanica. Deste modo, a aplicação do extrato de Aloe vera, consiste em uma alternativa prática e econômica; a qual pode implicar na redução dos desperdícios provenientes das perdas pós-colheita; visto que as bananas aparentaram-se mais atrativas ao consumidor por mais tempo (visualmente), sem alterar suas demais características. |