Resumo |
A propagação in vitro de orquídeas vem revolucionando o mercado floricultor mundial ao proporcionar grande produção de mudas em pequenos espaços que resultam em estandes homogêneos e livres de fitopatógenos. Apesar dessas vantagens, existem algumas limitações que oneram essa prática, dentre elas, o lento crescimento das plântulas devido características anatômicas e fisiológicas desfavoráveis a sua aclimatização ao ambiente ex vitro. É um processo lento que pode afetar no desenvolvimento das mudas, causando sua mortalidade e comprometer a viabilidade de sua produção comercial em grande escala. Esses entraves poderiam ser solucionados com o uso de bioestimulantes formulados a partir de bactérias promotoras de crescimento (BPCP) que atuam diretamente na fisiologia da planta, possibilitando melhor extração de água e nutrientes do solo, assim, aumentando o seu desenvolvimento e qualidade permitindo que ela cresça rapidamente e com vigor. Já existem diversos produtos biológicos a base de BPCP sendo comercializados pelo mundo embora no Brasil ainda não exista registro para nenhum deles em orquídeas. Nesse contexto, o presente trabalho objetivou avaliar o desempenho de plântulas de orquídeas do gênero Cymbidium propagadas in vitro durante o período de aclimatação através da inoculação de duas estirpes de bactérias promotoras de crescimento: Herbaspirillum frisingense (UFV 11541) e Stenotrophomonas maltophilia (UFV 11261). O projeto foi realizado em casa de vegetação utilizando delineamento experimental em blocos ao acaso contendo 9 tratamentos e 11 repetições e os dados obtidos foram submetidos à análise de variância. Avaliou-se o efeito da inoculação de cada uma das bactérias de forma isolada, bem como o efeito da associação das bactérias. Aos 150 dias, as plantas foram coletadas e mensuradas as seguintes variáveis: altura das plantas, diâmetro do caule, número de folhas, matéria fresca da parte aérea, matéria seca da parte radicular, matéria fresca total e matéria seca total. Os resultados mostraram que não houve diferenças dentre os tratamentos avaliados, necessitando-se maiores estudos e repetição do experimento para controle das possíveis variáveis de interferência, tendo vista que já se dispõe de pesquisas com resultados significativos sobre estes fatores. |