Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12932

Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Matheus Cassimiro Alves
Orientador EDUARDO GUSMAO PEREIRA
Outros membros Dâmaris Gabriela Alves Neves, Elisa Monteze Bicalho
Título Germinação e respostas fotossintéticas da Macaúba (Acrocomia aculeata (jacq.) lodd.ex martius) no rejeito de minério de ferro
Resumo A palmeira Acrocomia aculeata (Arecaceae), comumente conhecida como macaúba, possui grande potencial econômico e é promissora na recuperação de áreas degradadas. Em Minas Gerais, a pesquisa e cultivo de macaúba possui incentivo estadual pela Lei nº 19.485 / 2011, também conhecida como lei pró-macaúba. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a germinação de sementes e as respostas fotossintéticas de plântulas de macaúba em rejeito de minério de ferro. Após a desinfecção com hipoclorito de sódio a 5%, as sementes foram embebidas em água por 7 dias, seguidas de um processo de escarificação (remoção do opérculo) e aplicação de fungicida (Vitavax Thiram 200 SC). O experimento de germinação foi conduzido em incubadora B.O.D com temperatura controlada de 25ºC e fotoperíodo de 12 horas. Os tratamentos consistiram de dois substratos (rejeito de mineração e vermiculita), com 14 repetições (bandejas) e 25 sementes cada. A germinação das sementes foi monitorada diariamente por 56 dias. Ao 56º dia, 50 sementes de cada tratamento que ainda não haviam germinadas, foram selecionadas aleatoriamente e utilizadas para o teste de viabilidade (0,5% de solução salina de tetrazólio, pH 7,1). Na segunda etapa, sementes pré-germinadas de macaúba foram transplantadas em tubetes (290ml) contendo vermiculita e rejeito, respectivamente. Após três meses, as mudas foram transplantadas para vasos de 3 litros, sendo dividas em 4 vasos com terra e areia (na proporção 3:1), e 4 vasos com rejeito de mineração. Análise de índice de clorofila, rendimento quântico máximo do fotossistema II (Fv/Fm), fotossíntese líquida e condutância estomática foram realizadas após 4 meses do transplantio para os respectivos tratamentos. Não foi observada diferença significativa para porcentagem de germinação das sementes de macaúba, que apresentaram 65% de germinação no rejeito e 68% na vermiculita (controle). Ao final do experimento de germinação, as sementes que não germinaram apresentaram 86% de mortalidade no controle e 94% no rejeito. Não houve diferença significativa entre os tratamentos para o índice de clorofila e para Fv/Fm. Por outro lado, a taxa de fotossíntese apresentou declínio significativo em função da menor condutância estomática nas plantas expostas ao rejeito. Conclui-se que Acrocomia aculeata mantém sua capacidade de germinação mesmo no rejeito de mineração, que apresenta baixa porosidade, deficiência nutritiva e alto teor de metais pesados como Fe e Mn. Mesmo com a menor capacidade fotossintética com seu crescimento no rejeito, a macaúba apresenta potencial para estabelecimento em áreas degradadas pelo extrativismo mineral de ferro.

Apoio: CNPq, VALE S.A.
Palavras-chave Macaúba, Palmeira, Rejeito de Mineração
Apresentações
  • Painel: Ginásio, 24/10/2019, de 08:00 a 20:30
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