Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12910

Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Instituto de Ciências Agrárias
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Robert Lorran Rodrigues Gandra
Orientador LESSANDO MOREIRA GONTIJO
Outros membros Alan Valdir Saldanha, Fábio Augusto Guimarães Oliveira, Keren Hapuque Batista Rodrigues Moreira, Rayana Mayara Rocha Carvalho
Título Utilização do sinal visual das flores na atração de inimigos naturais para a proximidade de plantas infestadas com insetos praga.
Resumo A atração de inimigos naturais (predadores e parasitóides), assim como sua conservação em áreas de produção agrícola tem se mostrado uma estratégia promissora para um maior sucesso de programas sustentáveis de manejo de insetos praga. Tais insetos utilizam sinais visuais, olfativos e táteis enquanto localizam suas presas e hospedeiros. Paralelamente, as flores são capazes de fornecer sinais atrativos, não somente para polinizadores, mas também para diversos inimigos naturais. O pólen e o néctar são valiosas fontes de alimento proteico e energético para inimigos naturais, em pelo menos algum estádio de seu desenvolvimento. Esperamos que a cor e o formato das flores promovam um sinal visual capaz de atrair inimigos naturais adjacentes à área de plantio, aumentando as chances de que estes encontrem sinais atrativos de curta distância produzidos por plantas infestadas (sinomônios). Se estivermos corretos, o cultivo de espécies florais próximas a uma cultura específica poderá mediar um maior recrutamento de inimigos naturais e maior provisão de recursos, com uma conseqüente melhoria do controle biológico. Sob tais perspectivas, temos investigado como o sinal visual das flores de alissoLobulariamarittima(L.) pode influenciar a atração de inimigos naturais a longas distâncias, e conseqüentemente o controle biológico de afídeos em plantas de couve. Foi conduzido um experimento de campo, composto por 6 tratamentos e 16 repetições. O arranjo experimental conteve duas parcelas inteiras (com flores e sem flores) e três sub-parcelas contendo plantas de couve infestadas por pulgões, estando acessíveis para (i) predadores ápteros, (ii) inimigos naturais alados, e (iii) ambos. Foi mantido ao redor de cada repetição um raio de no mínimo 25 m sem qualquer tipo de planta (apenas solo limpo), e uma distância mínima de 200 m entre cada repetição. Os tratamentos ficaram expostos em campo por um total de 48 horas. Após este período obtivemos acesso aos os níveis de parasitismo e predação. Nossos resultados sugerem que independente da presença de flores, os inimigos naturais alados tem um maior impacto sobre o crescimento populacional dos pulgões. Todavia, as flores parecem favorecer a atração de parasitóides, o que resultou em um maior parasitismo de pulgões próximos das flores de alisso. Em geral, é indicado que a presença de flores não contribui igualmente para o recrutamento dos diferentes grupos de inimigos naturais (alados e ápteros), sugerindo que estratégias complementares devem ser implementadas para garantir a atração e o estabelecimento dos predadores ápteros.
Palavras-chave Interação planta-inseto, sinais de espécies floríferas a longas distâncias, controle biológico.
Apresentações
  • Painel: Ginásio, 24/10/2019, de 08:00 a 20:30
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