Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12902

Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Biológicas
Setor Instituto de Ciências Agrárias
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Gabriel Angelo Saraiva Raimundo
Orientador JOAO PAULO BATISTA MACHADO
Outros membros Christiane Eliza Motta Duarte, ELIZABETH PACHECO BATISTA FONTES, Iara Pinheiro Calil, Ruan Maloni Teixeira
Título Efeito da proteína AtWWP1 no particionamento núcleo-citoplasma da proteína NIG sob estímulo do ácido salicílico no processo de infecção por begomovírus
Resumo Os patógenos do gênero Begomovirus (família Geminiviridae) são transmitidos pela mosca branca (Bemisia tabaci), e têm grande importância agronômica, principalmente nas regiões tropicais e subtropicais, causando prejuízos a atividades como a feijicultura, tomaticultura e sojicultura. Dentre as proteínas produzidas a partir do seu genoma, que pode ser mono ou bissegmentado, um componente é crucial para a infecção viral, a proteína NSP (nuclear shuttle protein), que facilita o transporte intracelular do DNA viral do núcleo para o citoplasma e atua juntamente com a proteína MP (moviment protein) na propagação do DNA viral para células adjacentes. Considerando a importante função de NSP no transporte do vírus na planta, acredita-se que essa proteína interaja com proteínas do hospedeiro nos diversos compartimentos celulares. Neste contexto, a proteína NIG (NSP-interacting GTPase) de Arabidopsis thaliana foi identificada por interagir, in vitro e in vivo, com a proteína NSP de begomovírus. Esta GTPase facilita a liberação do complexo NSP-DNA viral do complexo poro nuclear para o citosol, atuando como provável cofator celular para a função da proteína viral NSP. Apesar da localização citosólica, resultados de microscopia confocal mostraram que tanto o fito-hormônio ácido salicílico (AS) quanto sua proteína parceira, AtWWP1, são capazes de direcionar NIG-GFP para o núcleo das células vegetais. Afim de confirmar o redirecionamento de NIG-GFP para o núcleo após estímulo com ácido salicílico plântulas de A. thaliana superexpressando NIG-GFP foram tratadas com AS, na presença ou ausência de MG132, um inibidor do proteassomo, e, posteriormente, submetidas ao fracionamento nuclear. O acúmulo de NIG-GFP nas frações citosólica e nuclear foi verificado por western blotting. Os resultados reforçaram que o tratamento com o AS é capaz de indicar a proteína NIG-GFP ao núcleo. Para investigar se este transporte núcleo-citoplasmático é dependente de sua parceira AtWWP1, inicialmente, linhagens atwwp1 alelos nulos foram transformadas, pelo método de mergulha floral, com a construção YFP-NIG, obtendo-se linhagens transgênicas atwwp1/YFP-NIG. Posteriormente, a localização subcelular de YFP-NIG foi avaliada nas plantas atwwp1 alelos nulos, na presença ou ausência de tratamento com AS, por microscopia confocal. Os resultados indicam que, mesmo na ausência de AtWWP1, NIG é direcionada para o núcleo na presença de AS. Adicionalmente, há indicativo de que este endereçamento esteja ligado à degradação de NIG por meio do proteassomo. Deste modo, o direcionamento nuclear de NIG em resposta ao estímulo com AS pode representar uma estratégia de defesa da planta contra o vírus, pois, além de sequestrar a proteína NIG no núcleo, de maneira independente à sua parceira AtWWP1, AS promove a degradação de NIG, o que certamente compromete o transporte nucleocitoplasmático do complexo NSP-DNA viral que é facilitado por NIG durante a infecção viral.
Palavras-chave NIG, Begomovírus, WWP1
Apresentações
  • Painel: Ginásio, 24/10/2019, de 08:00 a 20:30
  • Oral: Local e horário não definidos.
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