Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12848

Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Engenharia/Tecnologia
Setor Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Márcia Sabrina Amaral Lopes Ferreira
Orientador HYGOR ARISTIDES VICTOR ROSSONI
Outros membros Renata Oliveira Luís Mendonça
Título Avaliação do descarte de resíduos sólidos de medicamentos em unidade básica de saúde de um município de pequeno porte do Centro-Oeste de Minas Gerais
Resumo Uma das causas do aumento da produção de resíduos sólidos de serviços de saúde está vinculada ao uso irracional de medicamentos. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar o perfil de utilização de medicamentos da população de um município mineiro de pequeno porte localizado no Centro-Oeste de Minas Gerais. Para tanto, o estudo foi conduzido no período de fevereiro a julho de 2018, a partir do qual foram coletados dados referentes à medicação de 173 pacientes polifármacos (média de 6,25 prescrições por paciente). Para tanto, foi avaliada, por meio de entrevistas farmacoterapêuticas, a forma de descarte dos medicamentos quando estiverem vencidos ou não forem mais utilizados. Destaca-se que, os procedimentos de coletas dos dados seguiram os preceitos preconizados na Plataforma Brasil e possuem autorizações formais dos envolvidos. Os pacientes apontaram que a forma de descarte mais comum dos medicamentos vencidos ou não utilizados é o lixo doméstico (31,79%), seguido de doação (11,56%), descarte nos pontos de coleta de medicamentos, localizados nas unidades básica de saúde (UBS) (10,98%), vaso sanitário ou pia (8,67%), e por último, devolução dos medicamentos para a farmácia pública do município (1,73%). Entretanto, o maior valor encontrado revela que 35,26% dos usuários não descartam seus medicamentos, acumulando-os em casa. Essa prática aumenta a chance de intoxicação medicamentosa, devido ao risco de utilização de medicamentos vencidos ou inadequados pelos moradores da residência. Em relação aos resíduos que são descartados no vaso sanitário ou pia, esses podem ter dois diferentes destinos: i) infiltrar no solo gerando contaminação no lençol freático, quando o sistema de saneamento da residência são fossas sépticas, fossas rudimentares, valas a céu aberto, lançamento em cursos d'água e galerias de águas pluviais; ou ii) serem lançados nos rios sem o devido tratamento, quando a residência está apenas ligada à rede coletora de esgoto. No caso do município analisado, não há sistema de tratamento de esgoto e, além disso, 15,30% da população da cidade em questão não possui esgotamento sanitário adequado. Dessa forma, torna-se real o risco de contaminação ambiental na localidade. Cabe destacar que, no referido município, também não foi verificada a presença de aterro sanitário, coleta seletiva e nem tratamento prévio para os resíduos coletados. Dessa forma, o destino final dos resíduos gerados nas residências é o lixão a céu aberto. Essa condição expõe os trabalhadores da limpeza urbana e recicladores informais ao contato direto com agentes tóxicos assim como os animais. Além disso, ao serem despejados no lixão, os medicamentos passam a contaminar o solo, o lençol freático e a atmosfera com a emissão de gases. Concluiu-se, por fim, que a estratégia mais indicada de intervenção sobre o problema do descarte de medicamentos é a Logística Reversa, devendo ser incentivada ações como o aproveitamento energético dos resíduos.
Palavras-chave resíduos sólidos de serviços de saúde, logística reversa de medicamentos, fármacos
Apresentações
  • Painel: Ginásio, 24/10/2019, de 08:00 a 20:30
  • Oral: Local e horário não definidos.
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