Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12818

Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Ciências Sociais Aplicadas
Setor Instituto de Ciências Humanas e Sociais
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Melissa Angelica Ferreira da Silva
Orientador ALEXANDRE SANTOS PINHEIRO
Título Ser corrupto: um olhar para a essência do comportamento a partir dos alunos do curso de Administração da UFV Campus Florestal
Resumo Poucos são os estudos sobre corrupção no Brasil, sendo os mais recentes realizados em abordagens comparativas e institucionalistas (ARANHA, 2015). Granovetter (2006) e Avritzer et. al. (2008) afirmam que os debates conceituais sobre corrupção gravitam em torno da organização institucional do Estado e da perversão ou destruição da integridade no cumprimento de deveres públicos. Figueiras (2009) considera ainda que “a corrupção não está relacionada ao caráter do brasileiro, mas a uma construção social que permite que ela seja tolerada como prática” (p. 393). Em um cenário de falta de definições teóricas consistentes e coerentes sobre corrupção, e em um contexto político envolvido em escândalos de corrupção sem precedentes na história do Brasil, esta pesquisa questionou qual o conceito de corrupção pode compreender o contexto de falta de definições de um lado e o contexto de excesso de práticas de outro lado? Para buscar princípios para responder tal questão, o objetivo desta pesquisa foi Compreender o conceito de corrupção dos alunos do curso de administração da Universidade Federal de Viçosa campus Florestal. Esta pesquisa procurou por dados para suprimir a lacuna teórica da falta de um conceito sobre corrupção, falta esta que inclusive pode contribuir para as tão cotidianas práticas de corrupção no Brasil. Para coleta dos dados, optou-se por uma pesquisa qualitativa ancorada na técnica de coleta de dados denominada Grupo Focal, que consiste em uma técnica interativa que reúne um grupo de pessoas de determinada população para discussão e avaliação de conceitos ou identificação/resolução de problemas (ALMEIDA, 2010). Foram realizados dois grupos focais, com duração média de 2 horas e com 10 pessoas cada um. Os grupos foram filmados e gravados, com autorização prévia dos participantes. Depois foram transcritas as falas dos sujeitos. Como técnica de análise dos dados, foi utilizada a Análise do Discurso (AD). O discurso apresenta-se como potencialidade de manifestação objetiva da subjetividade humana a partir do momento em que transmite parâmetros sociais que influenciam e moldam o comportamento do indivíduo. Nesse sentido, a AD "tenta explorar os meios pelos quais as ideias e os objetos socialmente produzidos que povoam o mundo passam a existir por meio do discurso" (PHILLIPS; DOMENICO, 2009, p. 551). Os resultados encontrados são relativos aos percursos temáticos dos discursos dos sujeitos, sendo eles: (1) Vantagem, benefício próprio e alcance de objetivo; (2) Significações de certo e errado; (3) Significações de moral, ética e caráter; (4) A corrupção como a falta de compreensão do limite do outro; (5) Justificativas para a corrupção: "Se todo mundo faz eu também posso fazer."; (6) Justificativas para a corrupção: "Se todo mundo concorda não é corrupção"; (7) A corrupção como lugar de conforto; (8) Significações sobre um sistema de corrupção; (9) A corrupção enquanto elemento inerente ao ser humano.
Palavras-chave Sujeito, Cotidiano, Corrupção.
Apresentações
  • Painel: Ginásio, 24/10/2019, de 08:00 a 20:30
  • Oral: Salão Nobre, 24/10/2019, de 13:00 a 17:00
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