Resumo |
Registrado na Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFV e criado em 1996, este projeto oferece aos filhos dos servidores do Campus/Florestal e à comunidade florestalense, na faixa etária dos 6 aos 12 anos de idade, a oportunidade de vivenciar a prática orientada do futebol, sustentada na proposta pedagógica da Escola da Bola/IEU. Tem por objetivos propiciar aos alunos a oportunidade da prática do futebol adequada às suas condições biopsicofisiológicas; oportunizar a vivência do futebol adequada ao campo de jogo, baliza de gol, peso de bola e a realidade das faixas etárias dos praticantes; vivenciar atividades através dos pilares da Escola da Bola/IEU, estimulando o desenvolvimento do repertório motor e da capacidade de jogo dos alunos; propiciar aos alunos a oportunidade de vivenciar o jogo na sua forma real. A proposta pedagógica-metodológica, pilares da Escola da Bola/IEU, se compõe de dois momentos que decorrem de forma paralela e em permanente interação e dependência: da aprendizagem motora ao treinamento técnico e do desenvolvimento da capacidade de jogo ao treinamento tático. O primeiro momento com dois conteúdos: o ensino-aprendizagem-treinamento (EAT) das capacidades coordenativas e das habilidades. O segundo momento, com três conteúdos tratados de forma paralela, desenvolvendo a inteligência tática através dos jogos situacionais, das estruturas funcionais do método cognitivo situacional e os jogos para o desenvolvimento da inteligência tática e criatividade (JDITC). As aulas/treinamentos acontecem uma vez por semana. O princípio que orienta o EAT liga-se nas teorias cognitivas, particularmente nos princípios da teoria cognitivista e da modularidade e é centrada na recuperação da cultura do jogo na rua, na várzea, na praia, na escola, ou em quaisquer lugares de encontro de crianças e jovens. O principal resultado é o brincar de forma natural, adquirindo experiências de movimentos, sem modelos estereotipados, sem modelos ideais, aprendendo de forma incidental como ocorria em décadas passadas. A melhora da capacidade coordenativa, medida através do teste KTK. A identificação de possíveis comprometimentos de ordem motora, físico, funcional, cognitivo e social dos participantes e encaminhá-los a atendimentos especializados. E, por fim, a integração acadêmica dos alunos do curso de Licenciatura em Educação Física da UFV/Campus Florestal, articulando as atividades de extensão com o ensino e a pesquisa. Este projeto nos permite retornar no tempo e praticar o mesmo que as crianças faziam no seu espaço e no seu tempo para se divertir. Dessa forma, nossos alunos “não aprendem para jogar” como é a metodologia tradicional, mas “jogam para aprender” através de uma prática lúdica em que as regras são criadas e adaptadas para se poder jogar e brincar. Muito diferente das práticas formais, intencionais e direcionadas para o desenvolvimento da capacidade técnica, na busca da perfeição do gesto esportivo e da especialização precoce. |