Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?
17 a 22 de outubro de 2016
Trabalho 7478
| ISSN | 2237-9045 |
|---|---|
| Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
| Nível | Graduação |
| Modalidade | Pesquisa |
| Área de conhecimento | Ciências Biológicas e da Saúde |
| Área temática | Biologia, produção e manejo animal |
| Setor | Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde |
| Bolsa | FUNARBIC/FUNARBE |
| Conclusão de bolsa | Sim |
| Apoio financeiro | FUNARBE |
| Primeiro autor | Sophia Aguiar de Oliveira Pussieldi |
| Orientador | HELDER CANTO RESENDE |
| Título | Levantamento faunístico de borboletas em áreas urbanizadas e fragmentos de mata da Universidade Federal de Viçosa, campus de Florestal, Minas Gerais. |
| Resumo | As borboletas são insetos de importância econômica e ecológica, especialmente devido à polinização e como bioindicadores da qualidade do habitat. No Brasil, a diversidade desses insetos caracteriza a metade da riqueza neotropical de espécies, sendo 3.300 espécies catalogadas. No estado de Minas Gerais, a estimativa é de que existam em torno de 1.600 espécies de borboletas. Dentro da ordem Lepidóptera, seis famílias correspondem às borboletas, com adultos caracteristicamente coloridos e de hábito diurno. Classificando-as de acordo com sua alimentação na fase adulta, as borboletas dividem-se em duas guildas: as frugívoras, que se alimentam principalmente de caldo de frutas fermentadas, e as nectarívoras, que se alimentam do néctar das flores. Em Minas Gerais, a principal causa da redução das populações de borboletas é devido à destruição do habitat, especialmente dos biomas da Mata Atlântica e Cerrado. Levantamentos locais da biodiversidade de borboletas oferecem importante subsídio para planos de conservação. O objetivo deste trabalho foi efetivar um levantamento faunístico das espécies de borboletas na UFV Florestal, como contribuição à futuros planos de manejo e conservação desses insetos. O trabalho foi realizado de abril de 2015 a janeiro de 2016. Foram realizadas coletas em dois tipos de ambientes (i) mais urbanizados, locais onde a vegetação nativa foi totalmente substituída por ocupação humana, e (ii) não urbanizada, áreas de preservação ambiental ou próximas destas. As coletas foram feitas quinzenalmente, durante o período de 9h às 12h, utilizando um puçá entomológico. Os indivíduos foram sacrificados com pressão torácica, fixados e identificados. Foram coletados 129 indivíduos representantes de 28 espécies de quatro famílias: Nymphalidae (60,7%), Papilionoidae (25%), Pieridae (10,7%) e Hesperidae (3,6%). Como comum em muitos estudos, a família mais abundante foi a Nymphalidae, os mais diversificados em hábitos e morfologia. As espécies mais abundantes foram Aphrissa statira, Heliconius erato phyllis e Parides proneus. H. erato phyllis está entre os grupos mais comuns de borboletas visitantes florais nas regiões tropicais. 21 espécies coletadas são mais comuns no bioma de Mata Atlântica, e 7 espécies relacionadas ao bioma de Cerrado. Os meses nos quais se coletou o maior número de espécies foram maio de 2015, outubro de 2015 e janeiro de 2016. A abundância de espécies variou conforme o período de coleta, sendo que a espécie Mechanitis polymnia apresentou dominância nos meses de dezembro e janeiro em relação aos demais, Fountainea ryphea em abril e Parides proneus em janeiro. A riqueza de espécies e abundância de indivíduos amostrados neste trabalho estão diretamente relacionados com o grau de urbanização das áreas, sendo que 22,5% foram amostrados em áreas urbanizadas contra 77,5% amostrados em áreas não urbanizadas. |
| Palavras-chave | Lepdoptera, Indicadores Biológicos, Conservação |
| Forma de apresentação..... | Painel |