Resumo |
A genética e a biologia molecular vêm se mostrando cada dia mais presente no cotidiano das pessoas, causando grandes transformações em vários âmbitos, sejam eles econômicos, tecnológicos, sociais e até mesmo culturais. É de suma importância que os cidadãos sejam capazes de entender, refletir e opinar sobre os vários processos que envolvem a biologia molecular. A escola exerce o papel de atuar como um instrumento capaz de promover este entendimento, favorecendo a formação de cidadãos reflexivos e questionadores. Pensando no contexto tecnológico vivenciado pela sociedade atual, onde é comum o uso de mídias sociais, o emprego de vídeos na sala de aula torna-se uma alternativa interessante. Atribuir a estudantes atividades que envolvam a produção de vídeo pode levar a muitos resultados acadêmicos positivos, uma vez que existem hoje, para os educadores, mais oportunidades de incorporar e orientar a execução destes projetos de vídeo em sua prática em sala de aula. Este trabalho teve como objetivo investigar metodologias utilizadas pelos professores para o ensino de transcriptoma e proteoma no ensino médio, identificar possíveis problemas e sugerir a criação de vídeos nas aulas de biologia pelos próprios alunos como prática alternativa de ensino. Os dados para análise foram obtidos através de questionário entregue para quinze professores do município de Betim-MG. Os resultados apontaram para uma defasagem de conteúdos de genética e biologia molecular nos livros didáticos utilizados, além de um baixo percentual de professores que aplicam outras metodologias de ensino além do livro. Vê-se necessária uma reforma na linguagem, contextualização e atualização dos livros didáticos. Existem várias alternativas que fogem da aula convencional e que proporcionam motivação por serem diferenciadas. Destacamos neste trabalho, a criação de vídeos pelos próprios alunos. Foi possível observar o posicionamento da maioria dos professores entrevistados favoráveis à execução de atividades com vídeo em função de alguns fatores que estimulam o aprendizado ativo, tais como: acesso à tecnologia por parte dos discentes; criação do próprio material de estudo; aplicação da educação no espaço formal e informal; exposição do que foi aprendido. Além disso, o vídeo pode atuar como item de avaliação do discente e da eficácia das aulas do docente. |