Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 7283

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Zoologia
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Bolsa FAPEMIG/Balcão
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Gustavo Henrique Machado dos Santos
Orientador MARCO ANTONIO DE OLIVEIRA
Outros membros Igor Coelho Reis, LESSANDO MOREIRA GONTIJO, Mateus Portes Dutra, Verônica Priscila da Silva
Título Padrão de distribuição dos ninhos da formiga cortadeira Acromyrmex rugosus rugosus (SMITH, 1858) em área urbana
Resumo O gênero de formiga cortadeira Acromyrmex é representado por 32 espécies e 33 subespécies, encontradas em praticamente todos ambientes neotropicais. Essas formigas podem estabelecer suas colônias em florestas, áreas urbanizadas ou de agricultura intensiva, causando prejuízos ao cortarem diversas plantas. Estes insetos se alimentam da seiva da planta no ato do corte das folhas e transportam os fragmentos vegetais para dentro do ninho, os quais servem de substrato para a nutrição e crescimento de um fungo. O forrageamento da Acromyrmex rugosus rugosus ocorre principalmente no horário noturno nesta região podendo ser observado variações em função das condições climáticas. Seus ninhos são construídos abaixo do nível do solo, podendo ser encontrados próximos a olheiros com ou sem volume de terra solta. O objetivo deste trabalho foi avaliar o padrão de distribuição dos ninhos da formiga cortadeira A. rugosus rugosus na área urbana de Florestal – MG. Foram selecionados 8 bairros para a amostragem dos ninhos a saber: Pernambuco, Joana D’Arc, Dona Suzana, Lagoa do Romão, Califórnia, Fluminense, Bairro do Lago e Campus da UFV,sendo as áreas percorridas mensalmente durante o período de um ano, julho de 2015 a julho de 2016. O método de amostragem consistiu em percorrer as ruas e lotes vagos buscando por olheiros ou trilhas de forrageamento. Após o encontro da trilha, as formigas foram monitoradas até o ninho, o qual foi georreferenciado usando GPS Garmin 60cs. Durante 100h de esforço amostral foi percorrido um total de 167 km e encontrado 473 ninhos. Os pontos marcados pelo aparelho de GPS foram transferidos para computador e analisados no software ArcMap 10.3. Os maiores índices de infestação foram identificados nos bairros com lotes vagos ou áreas de vegetação preservada sendo eles Dona Suzana e California. A distribuição dos ninhos ficou assim definida Pernambuco (49), Joana D’Arc (3), Dona Suzana (216), Lagoa do Romão (25), Califórnia (76), Fluminense (12), Bairro do Lago (61) e Campus da UFV (31). Nos lotes com residências o acesso foi restrito, entretanto foram observadas trilhas de forrageamento saindo ou se deslocando em direção a lotes construídos. Em uma chácara 1000 m2 amostrada no perímetro urbano, foram encontrados 8 ninhos de A. rugosus rugosus. Segundo o proprietário, o controle desta formiga com as iscas granuladas e uso do pó seco também não tem mostrado controle efetivo, fato que merece futuras investigações. Caso todas as áreas residências fossem amostradas a densidade de ninhos poderia ter sido maior, uma vez que apesar dos ninhos serem menores do que os de Atta spp., estes possuem capacidade de causar danos significativos em vários tipos de plantas. O levantamento demonstra alta capacidade de infestação desta formiga cujos aspectos comportamentais e ecológicos ainda precisam ser elucidados.

Apoio: Fapemig/CNPq – Processo CAG-APQ-01842-14. CAPES; Programa Fortis/MECENA/UFV/FAPEMIG
Palavras-chave Pragas urbanas, Acromyrmex, nidificação
Forma de apresentação..... Painel
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