Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 7274

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Fisiologia vegetal
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Bolsa FUNARBIC/FUNARBE
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FUNARBE
Primeiro autor Karina Moreira Freitas
Orientador EDUARDO GUSMAO PEREIRA
Outros membros Elisa Monteze Bicalho
Título Curva de embebição em sementes de gramíneas promissoras para revegetação de áreas degradadas pela mineração
Resumo A dormência é uma característica adaptativa que aumenta as chances de sobrevivência de espécies de plantas quando o ambiente não é favorável à germinação e estabelecimento da plântula. É comum em sementes de espécies da família Poaceae, podendo apresentar um componente físico (como na presença de tegumento impermeável) ou fisiológico (como a presença de substâncias inibidoras). Estudos recentes demonstraram o potencial uso das espécies de gramíneas Setaria parviflora, Paspalum densum e Echinochloa crus-galli na revegetação de áreas impactadas por mineradoras, entretanto, para que essas espécies de gramíneas sejam eficazes quando utilizadas em projetos de revegetação de áreas degradadas são necessários estudos quanto aos processos de germinação e caracterização da dormência. O objetivo desse trabalho foi avaliar o nível de restrição à embebição imposta pelos tegumentos das sementes das espécies pré-selecionadas Setaria parviflora, Paspalum densum e Echinochloa crus-galli. Para avaliar a influência dos tecidos de revestimento (pálea e lema) na ocorrência de dormência física nas sementes destas espécies, foram realizadas curvas de embebição em sementes intactas e após remoção manual de seus revestimentos. O experimento foi montado em esquema fatorial 3x2, sendo três espécies e dois tratamentos (sementes intactas e sementes sem revestimento), com quatro repetições, utilizando 0,1g de sementes por repetição. As sementes foram colocadas em placas de Petri forradas com papel filtro e umedecidas com água destilada. A massa fresca das sementes foi determinada ao longo do tempo de embebição em 0, 0,15; 0,5; 0,75; 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, e 10 horas. A quantidade de água absorvida pela semente foi determinada a partir da diferença da massa inicial (tempo 0) e da massa ao final das 10 horas de embebição. Para todas as espécies, o tegumento não restringiu a entrada de água na semente. Por outro lado, a porcentagem de água nas sementes intactas após embebição foi maior do que em sementes sem revestimento, em função da deposição de água entre a pálea e a lema, não sendo de fato absorvida pela semente. Concluiu-se que as sementes de S.parviflora, P. densum e E. crus-galli não apresentam restrição à embebição imposta pelo tegumento e, dessa forma, não possuem dormência física. Outros experimentos estão sendo realizados com o objetivo de estudar métodos eficazes de superação de dormência nas espécies supracitadas.
Palavras-chave Curva de embebição, dormência, Poaceae.
Forma de apresentação..... Painel
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