Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 7264

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Fisiologia vegetal
Setor Instituto de Ciências Agrárias
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Élen Sandy Oliveira Santos
Orientador CLAUDIO PAGOTTO RONCHI
Outros membros Alan Valdir Saldanha, ANTONIO ALBERTO DA SILVA, Felipe Paolinelli de Carvalho, Rayana Mayara Rocha Carvalho
Título Respostas ecofisiológicas do cafeeiro à aplicação de sacarose antes, durante ou após sua exposição ao deficit hídrico
Resumo Atualmente, diversas tecnologias são utilizadas na melhoria da produtividade das lavouras de café para minimização de situações de estresse, mesmo carecendo de embasamento científico. Um exemplo é a pulverização das plantas com solução de sacarose. Objetivou-se, portanto, avaliar as respostas ecofisiológicas de plantas de café, submetidas ou não ao deficit hídrico, à pulverização foliar com diferentes doses de sacarose. Mudas de café foram transplantadas para vasos contendo 12 L de substrato e irrigadas em casa de vegetação até 8 meses de idade, quando os tratamentos foram aplicados. O experimento foi realizado no delineamento em blocos casualizados, com 12 tratamentos, em esquema fatorial (2X6), com cinco repetições. Testaram-se dois regimes hídricos (sem deficit e com deficit) e seis doses de sacarose: 0, 1, 2, 4, 8 e 16%. Foram realizados dois ciclos de desidratação e aplicação de sacarose: no primeiro, a sacarose foi aplicada em plantas sob deficit; no segundo, antes do deficit. Avaliações de trocas gasosas, fluorescência da clorofila a e do teor relativo de água (TRA) foram realizadas de manhã e à tarde, em diversos momentos dos ciclos. Encerrou-se o experimento aos 256 dias após o transplantio, medindo-se o crescimento do cafeeiro. Em ambos os ciclos não houve interação significativa entre os fatores estudados, nem efeito da sacarose isoladamente sobre o TRA. No 1º ciclo, entretanto, após quatro dias de suspensão da irrigação, as plantas sob deficit apresentaram TRA de 74,40%, e as plantas-controle, 94,42%, pela manhã. No segundo ciclo, o TRA foi de 73,12% e 71,32 % sob deficit severo e de 91,76% e 86,43% nas plantas-controle, no primeiro e segundo horário de medição, respectivamente. Após a reidratação, em ambos os ciclos, o TRA nas plantas sob deficit retornou a valores elevados, não diferindo das plantas controle. No 1º ciclo, tanto durante a exposição ao deficit severo quanto no dia seguinte à reidratação, em ambos os períodos de avaliação, houve redução em A, gs, E e A/E, e de qP, FIPSII e ETR nas plantas sob deficit, sem qualquer efeito das doses de sacarose. Dois dias após a reidratação, as plantas recuperaram suas funções fisiológicas, não havendo diferença entre os tratamentos. No 2º ciclo, aos 5 dias após a suspensão da irrigação, verificaram-se reduções de 62%, 59% e 56% em gs, A e E, respectivamente, no período da manhã e de 72%, 99% e 71% no período da tarde, paralelamente à redução significativa em qP, PSII e ETR nas plantas sob déficit, em comparação ao controle, independentemente das doses de sacarose. No segundo ciclo, independentemente do regime hídrico, verificou-se aumento linear da relação Ci/Ca e redução da A/E com o aumento da dose de sacarose, porém sem qualquer efeito da sacarose isoladamente sobre as demais variáveis de trocas gasosas e fluorescência. Concluiu-se que a sacarose aplicada antes ou durante a exposição ao deficit hídrico pouco ou nada afetou o status hídrico e o desempenho fotossintético do cafeeiro.
Palavras-chave Coffea arabica, sacarose, deficit hídrico
Forma de apresentação..... Painel
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