Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 7232

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Fisiologia vegetal
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Patrick Moreira Rios
Orientador JOAO PAULO DE SOUZA
Outros membros Nayara Magry Jesus Melo
Título Respostas ecofisiológicas e competição entre uma espécie C3 nativa e uma espécie C4 invasora de cerrado crescendo em elevada concentração de CO2
Resumo O Cerrado apresenta-se como o segundo maior domínio fitogeográfico brasileiro sendo superado em área apenas pela Amazônia. As mudanças nos padrões de precipitação, secas e enchentes são eventos claros das alterações climáticas do planeta que poderão influenciar todos os ecossistemas naturais. Com o aumento da concentração de CO2 atmosférico previsto devido às mudanças climáticas globais, as espécies C3 e C4 tendem a apresentar respostas ecofisiológicas que em curto prazo serão positivas, porém, em longo prazo devido às características de cada ambiente essas respostas poderão se alterar. O presente trabalho teve como objetivo determinar as respostas ecofisiológicas de duas espécies ocorrentes no Cerrado: uma herbácea invasora com metabolismo fotossintético C4 (Melinis minutiflora P. Beauv.) e uma espécie lenhosa endêmica C3 (Hymenaea stigonocarpa Mart. Ex Hayne). Os experimentos foram realizados em câmaras de topo aberto localizadas na UFV, Campus Florestal. Foram mantidos indivíduos de H. stigonocarpa distribuídos em três parcelas com M. minutiflora nas densidades 0% (sem a presença de M. minutiflora), 50% (140 sementes em 0,84m²) e 100% (280 sementes em 0,84m²) em dois tratamentos com diferentes concentrações de CO2 (380 ppm e 700 ppm). Por todo o período do experimento foram acompanhados semanalmente o número de folhas, comprimento e o diâmetro do caule de H. stigonocarpa. Também foi avaliado o desenvolvimento foliar nas plantas de H. stigonocarpa através da determinação do tempo de expansão foliar (TEF, dias-1), velocidade de expansão foliar (VEF, cm2 dias-1) e o tempo de vida foliar (TVF, dias-1). O número de folhas do perfilho principal, comprimento do perfilho principal (cm), número de perfilhos e número de perfilhos por touceira também foram acompanhados semanalmente em indivíduos de M. minutiflora. Porém, as folhas de M. minutiflora não sofreram abscisão natural, por isso não foi possível determinar o TVF. As plantas de H. stigonocarpa apresentaram maior crescimento e incremento nas trogas gasosas devido ao aumento da concentração de CO2, independente da ausência ou presença de M. minutiflora. Os indivíduos de M. minutiflora apresentaram um aumento inicial da fotossíntese quando em elevada concentração de CO2, porém, no final do experimento essas diferenças desapareçeram. Conclui-se assim, que as plantas de H. stigonocarpa (C3) com o aumento da concentração de CO2 serão beneficiadas nas relações competitivas com as plantas de M. minutiflora (C4).
Palavras-chave CO2, fotossíntese, mudanças climáticas
Forma de apresentação..... Painel
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