Resumo |
A cultura do milho (Zea mays) é amplamente utilizada no Brasil e, apesar do alto potencial produtivo, podem ocorrer perdas de produtividade pela interferência de plantas daninhas. Para minimizar a interferência na cultura, os produtores usam herbicidas na maioria das lavouras, uma vez que apresentam eficiência no controle e alta operacionalidade. Dentre as várias moléculas de herbicidas disponíveis no mercado, uma especificamente (o tembotrione) vem apresentando relatos de perda de seletividade para a cultura do milho, quando em misturas de tanque, com efeitos também dependentes do adjuvante utilizado. Este trabalho teve o objetivo avaliar a seletividade de misturas de tanque contendo o tembotrione à cultura do milho. O experimento foi realizado no campo, na Universidade Federal de Viçosa - Campus Florestal, entre os meses de dezembro de 2015 e março de 2016. A cultura do milho foi implantada no sistema de plantio direto, com uma população de 62.500 plantas por hectare. Utilizou-se o delineamento de blocos ao acaso, com oito tratamentos e quatro repetições.Os seguintes tratamentos foram aplicados em pós-emergência, no estádio V4: 1 – Controle (sem herbicidas e adjuvantes); 2 – tembotrione; 3 – atrazine; 4 – tembotrione + Nimbus; 5 - atrazine + Áureo; 6 - tembotrione + atrazine + Nimbus; 7 - tembotrione + atrazine + Áureo; 8 - tembotrione + atrazine + Nimbus + Áureo. As avaliações de fitotoxidade foram realizadas aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação; o diâmetro de caule, a altura de planta, a área foliar, as biomassas secas de folhas e colmo, em VT; e os componentes fisiológicos da produtividade do milho, por ocasião da colheita. Os dados foram submetidos à análise de variância, pelo teste F. Não foram observados sintomas de intoxicação da cultura pelos tratamentos avaliados, nem efeitos dos mesmos sobre o crescimento e a produtividade. Concluiu-se que as misturas de tanque do tembotrione com atrazine e com seus respectivos adjuvantes foram seletivas à cultura do milho. |