Outros membros |
ANA TERESA PERET DELL ISOLA, Guilherme Damasceno Silva, Laryssa Martins Freitas, Luciana França Menezes Barbosa, Otávio Chedid Tomé, Patrícia Natalina dos Santos, Raíssa Oliveira Rocha Alves, Túlio Alves da Silva |
Resumo |
Atualmente, encontram-se incontáveis pequenos produtores rurais exercendo atividades no ramo alimentício. Essas práticas são realizadas normalmente em pequenas propriedades, com técnicas e metodologias obsoletas e sem pretensões efetivas de expansão, já que na maioria das vezes há deficiência de informação. As defasagens quanto ao conhecimento a ser aplicado são encontradas principalmente nas áreas de boas práticas de fabricação, formação de preço, venda e marketing, legislação e comercialização de alimentos e estrutura funcional da planta de processamento, segundo anamnese realizada na Semana do Produtor Rural de 2015 em Florestal-MG. Assim, objetivou-se com o presente trabalho fornecer instruções a produtores rurais a respeito desses pontos principais, e de outras dúvidas que por ventura surgiram durante o mesmo. Para isso, foram realizados minicursos por meio de apresentações em Power Point, dinâmicas de grupo, questionários de fixação, espaço para dúvidas e entrega de cartilhas informativas. Estes minicursos foram oferecidos, principalmente, durante os cursos de extensão ministrados na UFV-Campus Florestal. De março a julho de 2016 foram realizados 15 minicursos, incluindo aqueles ministrados durante a Semana do Produtor Rural, sendo 4 referentes a boas práticas de fabricação, 3 a marketing e vendas, 3 a estrutura funcional de plantas, 3 a legislação e comercialização e por fim, 2 relacionado à elaboração de preços. Com o mesmo propósito, foi disponibilizada uma clínica tecnológica na Semana do Produtor Rural para atender de forma concreta todos os produtores participantes do evento. Com um stand montado em um lugar estratégico, uma equipe de alunos voluntários ajudou a sanar dúvidas de todos os produtores que se mostraram interessados. Na clínica foi feito uma exploração dos pontos de relevância para cada produtor e o mesmo foi convidado para assistir minicursos referentes aos cinco temas, com intuito de aprofundar determinado assunto. Os percentuais de satisfação referentes aos minicursos dados foram, quanto ao curso (relevância do conteúdo, qualidade do material distribuído e tempo) de 62,52% “muito bom”, 33,09% “bom” e 4,39 “ruim”, sendo o curto tempo a principal crítica. Quanto à avaliação do estudante ministrante (forma como o assunto foi abordado e clareza das explicações)o porcentuais de satisfação foram 73,98% “muito bom” e 26,02% “bom”. Por fim, com o questionamento sobre a indicação do minicurso, 97,61% indicariam e 2,39% não indicariam. O aproveitamento quantitativo dos produtores rurais (avaliado por meio de questionários de fixação) superou 80,60%, sendo o de legislação com maior porcentagem de acertos (85%) e o de venda e marketing com menor (65%). Por fim, conclui-se que o projeto, por meio de vocabulário simples e respeitando as limitações individuais, está auxiliando na formação de trabalhadores mais aptos e conscientes, além de promover experiência pessoal, profissional e acadêmica aos estudantes envolvidos. |