Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

17 a 22 de outubro de 2016

Trabalho 7193

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Alimentos, nutrição e saúde humana
Setor Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas
Bolsa PIBEX
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Eline Yara Rufino Mendes
Orientador ANA TERESA PERET DELL ISOLA
Título Construindo o futuro manipulador de alimentos
Resumo Estimando a freqüência de maus hábitos higiênico-sanitários entre as pessoas responsáveis pela manipulação de alimentos em diversos estabelecimentos alimentícios e a exigência higiênico-sanitária prevista nos regulamentos governamentais, o presente projeto visa desenvolver nas crianças do ensino fundamental um senso crítico de avaliação de qualidade de processamento de alimentos a partir do conhecimento de boas práticas de fabricação (BPF), fazendo com que elas possam divulgar esses cuidados em seus lares, fomentando futuros processadores e consumidores de alimentos que primam pela qualidade dos mesmos. O projeto foi desenvolvido até o momento nas escolas dos municípios de Juatuba, Pará de Minas e Belo Horizonte, atendendo 100 alunos entre 9 e 10 anos que cursam o quinto ano do ensino fundamental. Os conceitos são abordados de forma lúdica para inserção e incorporação de novos hábitos em quatro fases. Na primeira fase os alunos recebem um pré-teste e através da livre interpretação de texto fracionado observa-se o conhecimento prévio do aluno acerca do tema proposto. Os mesmos recebem um texto fracionado sobre o assunto e através da interpretação e desenvolvimento do raciocínio da criança, ela é capaz de demonstrar seu conhecimento prévio. Na segunda fase, introduziram-se os conceitos de BPF através de teatro de fantoches seguido de jogos cooperativos e de competição como, por exemplo, separando bactérias más das bactérias boas, jogo do desinfetante, mãos limpas, jogo dos erros, organizando a geladeira, dentre outros. As crianças eram estimuladas a participar e avaliadas através de questionamentos. Depois, os mesmos faziam um registro das experiências feitas na etapa anterior construindo um potfólio. Por último, fez-se uma oficina culinária e uma visita técnica à fazenda da UFV Campus de Florestal, sendo abordados todos os conceitos previamente trabalhados, mostrando-lhes a origem dos alimentos e o perigo de contaminação que ocorre desde a sua produção a campo. Quando não era possível a visitação, uma aula expositiva era realizada utilizando vídeos confeccionados por nós na fazenda. Para avaliarmos a aquisição do conhecimento, consideramos os conceitos pré-estabelecidos como objetivo da aprendizagem. Observou-se que os alunos eram capazes de reconhecer algumas atitudes como sendo anti-higiênicas, entretanto não concretizavam suas respostas, uma vez que desconheciam as razões que levavam a classificar tais atitudes como “erradas” e suas consequências. Após o desenvolvimento dos conceitos e a vivência dos mesmos através dos jogos, as crianças tiveram melhor desempenho em suas respostas durante o teste avaliativo. Conclui-se que as crianças aprendem conceitos incompletos e, muitas vezes, incorretos em seus lares ligados às boas práticas de fabricação e a metodologia proposta pelo projeto tem mostrado resultados positivos quanto à incorporação correta de tais conceitos.
Palavras-chave manipulação infantil de alimentos, boas práticas de fabricação, hábitos higiênico-sanitários
Forma de apresentação..... Painel
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